segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sobre os alótropos de carbono

Caros navegantes, hoje vamos conhecer a talvez-ainda-não-totalmente-descoberta família de alótropos de carbono. O nome alótropo, introduzido pelo notável químico Jöns Jacob Berzelius, vem da fusão das palavras gregas allos e tropos, que significam, em português, outro e maneira, respectivamente. Desta forma, alótropo é a palavra dada a substâncias simples (aquelas compostas por um só tipo de átomo) geradas a partir de um mesmo elemento químico. O carbono, em especial, é craque em formar ligações covalentes consigo mesmo. Aliás, se não fosse assim, a vida como a conhecemos não existiria aqui nesse nosso "blue pale dot", como dizia Sagan (veja o pontinho azul aqui). A geometria e a configuração eletrônica gerados a partir da combinação de átomos de carbono entre si gera materiais com propriedades espectaculares. Olhe a figura abaixo e seja assim apresentado à família dos alótropos de carbono.

Os alótropos de carbono. a - Diamante; b - Grafite e suas folhas de grafeno; c - Lonsdaleíta (nome que deve sua excentricidade à homenagem prestada à Kathleen Lonsdale); d - C60 ou fulereno Buckminster; e - C540; f - C70; g - Carbono amorfo; h - Nanotubo de carbono.

Vale a pena chamar a atenção para o fato de que existem diferentes possibilidades de construção de fulerenos, visto que estes são compostos de carbono cuja estrutura molecular é oca e possui formatos esferoidal, elipsóide ou cilíndrico (d, e, f, h). Outro fato que chama a atenção é que a lonsdaleíta é um tipo de diamante, na verdade. Aliás, é um tipo mais resistente, mais duro, que o próprio diamante comumente visto. A lonsdaleíta é frequentemente encontrada em sítios de impacto de meteoritos com a terra.

2 comentários:

  1. Caro André,

    muito obrigado pelo seu comentário!
    As nanocebolas realmente entram na família de alótropos de carbono e são formados por camadas concêntricas de fulerenos.

    Um abraço e continue comentando!

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