segunda-feira, 30 de abril de 2012

Orientações do FDA sobre nanotecnologia em cosmético e alimentos


A agência estadunidense de regulação, a FDA (US. Food and Drug Administration), emitiu no último dia 20 de abril dois projetos de documentos com propostas de orientações sobre o uso da nanotecnologia endereçado às indústrias de alimentos e de cosméticos. Ambos estão abertos a consultas e sugestões.

Os dois documentos são: “Guidance for Industry: Assessing the Effects of Significant Manufacturing Process Changes, including Emerging Technologies, on the Safety and Regulatory Status of Food Ingredients and Food Contact Substances, Including Food Ingredients that are Color Additives” e “Guidance for Industry: Safety of Nanomaterials in Cosmetic Products” e estão disponíveis no campo “Publicações” deste site.

O documento voltado para os fabricantes de alimentos descreve fatores que devem ser considerados para se determinar mudanças nos processos de fabricação, incluindo os que envolvem nanotecnologia, tais como os que criam uma mudança significativa que possa afetar a identidade da substância alimentar; afetar a segurança da utilização da substância alimentar; afetar o estado de regulador da utilização da substância alimentar; ou que garantam uma submissão regulamentar à FDA.

As orientações para produtos cosméticos discutem o pensamento atual da FDA sobre a avaliação da segurança dos nanomateriais quando utilizados em produtos cosméticos. Pontos-chave incluem: 
i) os requisitos legais para cosméticos fabricados usando nanomateriais são os mesmos que aqueles para quaisquer outros cosméticos. Enquanto os cosméticos não estão sujeitos a aprovação pré-comercial, empresas e indivíduos que comercializam os cosméticos são legalmente responsáveis pela segurança dos seus produtos e eles devem estar devidamente rotulados;
ii) para realizar as avaliações de segurança de produtos cosméticos que contenham nanomateriais, testes-padrão de segurança podem precisar ser modificados ou novos métodos desenvolvidos.

Ambos os guias incentivam os fabricantes a consultar o FDA antes de lançar seus produtos no mercado. 

A FDA está investindo em um amplo programa de ciência da nanotecnologia regulamentar, incluindo o desenvolvimento de dados e ferramentas necessárias para identificar propriedades de nanomateriais e avaliar o impacto que podem ter sobre os produtos.

Comentários devem ser enviados no prazo de 90 dias, a contar da publicação, para o seguinte endereço: http://www.regulations.gov.

Fontes: FDA 1, FDA 2, ABDI

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Elevadores espaciais feitos de nanotubos de carbono. Ficção? Hein, Clarke?

Alguns investidores corajosos e visionários encontraram no ramo de viagens espaciais um nicho de mercado totalmente inexplorado. Até mesmo a Estação Espacial Internacional começará a ser abastecida por voos de empresas privadas, como a SpaceX. Já a Virgin Galactic investe nas viagens espaciais pelo seu potencial turístico. Essa empresa já construiu seu espaçoporto nos EUA e projeta realizar voos espaciais comerciais a partir deste ano - se você estiver interessado e tiver US$ 200 mil para se entreter, agende sua viagem espacial aqui
Você acha fácil chegar à Lua? O Armstrong não. 
Porém, há muito mais no espaço do que potencial para ser concorrente da Disneilândia.
Prospectar recursos e colonizar o espaço. Esse é o futuro da astronáutica. Fácil dizer, difícil cumprir. 
A exploração econômica do espaço ainda carece de sustentabilidade econômica. As viagens ao cosmo são caras. Agências espaciais em várias partes do mundo correm atrás de soluções baratas para chegar ao espaço. A NASA, particularmente, tem investido faraonicamente nesta linha. A agência espacial estadunidense já não conta mais com as centenas de milhões de dólares que outrora eram investidas em viagens espaciais convencionais, baseadas em tecnologias nascidas há décadas e desde então pouco aprimoradas na sua base. O caminho é uma revolução aero/cosmonáutica. Todos os ônibus espaciais estadunidenses foram aposentados e viraram, literalmente, peças de museu. Uma nova geração de naves espaciais está a caminho, mas é preciso "redefinir a missão [da NASA]", como disse há pouco Barack Obama. Novas plataformas de acesso ao espaço começam a ser pensadas.
Nessa chispada rumo ao espaço, uma ideia genial, maluca, ousada, mas ainda assim na linha do como-é-que-não-pensei-antes-nisso, vem sendo encarada com maior seriedade por cientistas aeroespaciais. Construir um elevador espacial. É isso mesmo, um dispositivo fixo e contínuo com base na Terra e conectado a uma base no espaço!
Arthur C. Clarke, em sua obra-prima de ficção científica, Fountains of Paradise (1978), já havia mencionado um elevador espacial baseando-se em uma série de publicações científicas sobre o tema. O elevador espacial reduziria consideravelmente o gasto energético necessário para vencer a força da gravidade e o atrito atmosférico. Tornaria triviais as viagens ao espaço!
Atualmente, o projeto de elevador espacial que vem merecendo mais crédito da comunidade científica planeja a construção, em uma região próxima à linha do Equador, de uma torre com 50 km de altura (!). Ao topo desta torre seria fixado um cabo que, em sua extremidade oposta, seria ligado a um corpo de massa comparável à de certos asteroides. O centro gravitacional deste sistema todo seria localizado na órbita geoestacionária, i.e., cerca de 36 mil km acima do nível do mar. Veículos terra-espaço se movimentariam ao longo do cabo com auxílio de mecanismos eletromagnéticos.
Um elevador espacial com mecanismo eletromagnético. Fonte: NASA.
Cientistas calcularam que o custo de uma viagem espacial convencional, atingindo 36 mil km acima do nível do mar, fica em torno de US$ 22 mil/kg. Com a tecnologia do elevador, custaria US$ 2/kg (!). 
Uma das questões técnicas a serem resolvidas para que a construção do elevador espacial abandone o plano da ficção é o desenvolvimento de materiais para o cabo do elevador. O cabo sofreria uma tensão enorme ao longo de seu comprimento, sendo que a sua própria massa contribuiria para esse problema. Dentre os materiais apontados para construir o cabo, os nanotubos de carbono (NTC) mostraram que oferecem propriedades que vão muito além do mínimo exigido para tal. Leia mais aqui sobre esse material. O vídeo abaixo exibe o notável físico estadunidense Michio Kaku falando um pouco sobre a possível aplicação dos NTC para a construção do elevador espacial.

Os NTC chegam a ser 100 vezes mais resistentes à tensão em relação ao aço. São materiais extremamente resistentes e leves. Porém, o problema é a atual inviabilidade da produção deste material na escala de quilômetros de comprimento.  
Certa vez, durante uma palestra, perguntaram ao Arthur C. Clarke, citado anteriormente nesta postagem, sobre quando ele acreditava que o elevador espacial seria construído. E ele: "Provavelmente cerca de 50 anos depois que todos pararem de rir [da ideia]".
A impossibilidade de hoje é a origem da revolução de amanhã.
Esperemos!
Nanotubos de carbono. (Fonte: Université de Strasbourg)


Fonte: NASA

quarta-feira, 25 de abril de 2012

III Workshop da Rede Nanobiomed, em Luís Correia, Piauí


A bela cidade de Luís Correia/PI (vizinha à cidade de Parnaíba) receberá este grande evento científico de caráter nacional, o “III Workshop da Rede Nanobiomed” e o “I Simpósio de Nanotecnologia do Nordeste”. Este encontro é destinado a estudantes, pesquisadores e profissionais atuantes ou interessados em nanobiotecnologia nos seus mais variados aspectos. O Evento marcará o terceiro encontro da Rede de Nanobiomedicina da CAPES, sendo a primeira vez que ocorrerá fora do Estado de São Paulo, no período de 02 a 07 de Junho de 2012.
Luís Correia/PI
O Evento está sendo organizado pelo Biotec, Programa de Mestrado em Biotecnologia, PPGBiotec e pela Rede Nanobiomed CAPES. Como apoio ao evento ainda temos a empresa Pesquisa Piauí e o Instituto Domingos Batista (IDB).

Sejam bem vindos ao Litoral do Piauí!

Seguem abaixo o cartaz e a programação do evento.






Programação do Evento


III Workshop da Rede Nanobiomed


Dia: 02/06/2012 - (Sábado - Noite)


Cerimônia de abertura


Local: Auditório Central – Sesc Praia
20 às 22 horas


Presidente do Evento
Representante da Rede Nanobiomed/CAPES
Representante da UFPI
Representante do Biotec/UFPI
Representante do Mestrado em Biotecnologia/PPGBiotec
Representante da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI)


Palestra de abertura:
Representante CNPq/MCT Programa Ciência Sem Fronteiras.
Jurandir Fermon Ribeiro Júnior
Núcleo de Gestão do Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq, Brasília, DF.


Coquetel da Abertura do Evento


Dia: 03/06/2012 - (Domingo - Manhã)


8:30 às 12:00 h
Local: Auditório Central – Sesc Praia


Ciclo de Apresentações e discussões: Avanços e Desafios da Nanotecnologia na Área da Saúde e Meio-Ambiente – Parte I.


Dra. Yvonne Marcarenhas – Apresentação da Rede Nanobiomed/CAPES.
Instituto de Física de São Carlos, IFISC, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP.


Dr. Valtencir Zucolotto
Instituto de Física de São Carlos, IFISC, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP.


Dr. José Roberto de Souza de Almeida Leite
Biotec/Universidade Federal do Piauí, UFPI, Parnaíba, PI.


Dra. Carla Eiras
Biotec/Universidade Federal do Piauí, UFPI, Parnaíba, PI.


Dr. Frank Crespilho
Universidade Federal do ABC, UFBAC, Santo André, SP.
Representante USP Ribeirão Preto.


14:00 às 18:00 h (Domingo - Tarde)
Local: Auditório Central – Sesc Praia


Ciclo Apresentações e discussões: Avanços e Desafios da Nanotecnologia na Área da Saúde e Meio-Ambiente – Parte II.


Dr. Carlos F.O. Graeff
Doutorado em Física pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP.
Departamento de Física, Faculdade de Ciências da UNESP, Bauru, SP.


Dra. Helena Maria Petrilli
Doutora em Física, Universidade de São Paulo, USP.
Instituto de Física, Departamento de Física dos Materiais e Mecânica, USP.


Dr. Fábio Lopes
Doutorando em Física. 
Universidade Estadual de Londrina, UEL, Brasil.


Dra. Maria Luisa Sartorelli
Doutorado em Física, Universidade de Stuttgart pelo Max Planck Institut Für Metallforschung.
Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC


Dra. Vera Regina Leopoldo Constantino
Doutorado em Química. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, SP.
Instituto de Química, IQ, USP, SP.


M.Sc. Vanessa R. R. Cunha
Bolsista Rede Nanobiomed, Doutoranda em Química, USP.
Representante do IQ, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.


Dia: 04/06/2012 – (Segunda feira - manhã)


8:30 às 12:00 h
Local: Auditório Central – Sesc Praia


Ciclo Apresentações e discussões: Avanços e Desafios da Nanotecnologia na Área da Saúde e Meio-Ambiente – Parte III.


Dr. Antonio Claudio Tedesco
Doutorado em Química (Físico-Química). Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Coordena o Grupo de Fotobiologia e Fotomedicina no Centro de Nanobiotecnologia e Engenharia Tecidual, Ribeirão Preto, SP.


Dr. Carlos Eduardo Vergani
Doutorado em Dentística Restauradora. Faculdade de Odontologia de Araraquara Unesp.
Faculdade de Odontologia de Araraquara, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP de Araraquara, SP.


Dr. Bonald Cavalcante de Figueiredo
Doutorado em Neuroendocrinologia. Mcgill University, MCGILL, Canadá.
Diretor científico do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e professor da Universidade Federal do Paraná, UFPR.


Dr. Ana Maria da Costa Ferreira
Doutora em Físico-Química, Universidade de São Paulo, USP.
Instituto de Química, IQ, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.


Dr. Pietro Ciancaglini
Doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Coordena o Laboratório de Nanobiotecnologia Aplicada: Sistemas Miméticos de Biomembranas. FFCLRP-USP - Departamento Química.


8:00 às 12:00 h (Segunda feira - Manhã)
Mini-curso 1
Local: Sala de Conferência Atalaia


Título: Fundamentos de Cultivo Celular e Aplicações em Nanotecnologia
Dra. Katherine Athayde Teixeira de Carvalho
Médica e Professora da Pós-Graduação de Biotecnologia da Saúde da Criança e do Adolescente, Instituto Pelé Pequeno Príncipe, Curitiba, PR.




14:30 às 16:00 h – (Segunda feira - tarde)


Local: Sala de Conferência Coqueiro 


III Reunião dos Coordenadores da Rede Nanobiomed CAPES


16:30 às 18:00 h
Local: Área de Apresentação de Pôsteres
Avaliação e Apresentação de trabalhos na forma de painel dos doutorandos e Pós-doutorandos da Rede Nanobiomed CAPES.


14:00 às 18:00 h - Local: Auditório Central
Mini-curso 2


Título: Teoria e Aplicações da Microscopia Fluorescente.
Dr. Josué Moraes
Doutor em Biotecnologia – USP. Especialista em Parasitologia e Microscopia Confocal.
Secretaria de Vigilância Sanitária Estado de São Paulo.


14:00 às 18:00 h - Local: Sala de Conferência Pedra do Sal
Mini-curso 3


Título: Imunossensores Nanotecnológicos
Dr. Joilson Ramos de Jesus
Doutor em Biotecnologia – Rede Biotecnologia do Nordeste, Ponto focal,UFBA.
Pós-Doutorando em Biotecnologia (PNPD/CAPES).




Dia: 05/06/2012 (Terça-feira - manhã)
8 às 12 h – Local: Auditório do SESI Parnaíba/PI, Av. Presidente Getúlio Vargas.


Mini-Curso Pré-Simpósio
Título: Nanotecnologia Aplicada a Alimentos Funcionais
MS.c. Adriany Amorim
Mestre em Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal do Ceará, UFC.
Doutoranda em Biotecnologia, Ponto focal, UFPI.


14 às 18 h (Terça-feira - Tarde)


Horário livre


Visitas técnicas e passeios turísticos.



I Simpósio de Nanotecnologia do Nordeste

Dia: 06/06/2012 (Quarta-feira - manhã)
8 às 12 h


Mini-curso I
Local: SESC Praia - Auditório Central


Título: Soluções em Espectrometria de Massa Aplicada à Biotecnologia.


M.Sc. Leiz Maria Véras
Mestre em Ciência Animal / Doutoranda em Biotecnologia – RENORBIO
Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia, Biotec, UFPI.


MS.c. Vladimir Costa Silva
Mestre em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, UnB.
Doutorando em Biotecnologia – RENORBIO


Mini-curso II
Local: Sala de Conferência Atalaia


Título: Técnicas Espectroscópicas Aplicadas à Nanotecnologia


Dra. Durcilene Silva
Mestre e Doutora em química inorgânica, UFC, Fortaleza, CE.
Orientadora do Programa de mestrado em Biotecnologia, PPGBiotec, UFPI.
Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia, Biotec, UFPI.


Mini-curso III
Local: Sala de Conferência Pedra do Sal


Título: Bioinformática Aplicada à Nanotecnologia


M.Sc. Filipe Camargo Dalmatti Alves Lima
Mestrado em Física, Universidade de São Paulo, SP.
Doutorando em Física, USP, SP.


Dia: 06/06/2012 (Quarta-feira - Tarde)
14:00 às 15:40 h


Local: Auditório Central – SESC Praia


Título: Nanomedicina: Avanços e Desafios
Dr. Valtencir Zucolotto
Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais, USP
Coordenador do Laboratório de Nanotecnologia e Nanotoxicologia (LNN), Grupo de Biofísica, Instituto de Física de São Carlos, IFISC, USP de São Carlos, SP.


Título: Bioeletroquímica Aplicada a Sistemas de Implantação.
Dr. Frank Crespilho
Doutorado em Físico-Química, USP.
Coordenador do Grupo de Materiais e Métodos Avançados (GMAv).
Universidade Federal do ABC, Santo André, SP.


15:40 às 16:00 h Coffee Break


16:00 às 18:00 h
Local: Auditório Central SESC Praia


Título: Avanços da Citogenética e Biologia Molecular Aplicada à Rede Nanotoxicologia.
Dr. Giovanny Rebouças Pinto
Doutor em Genética (Universidade de São Paulo, USP, Ribeirão Preto/SP)
Biotec/UFPI e Programa de Mestrado em Biotecnologia.


Título: Transferência de Tecnologia na Área de Nanotecnologia.
Dr. Luis Alexandre Muehlmann
Pesquisador na área de Nanocosméticos e Nanomedicamentos
Empresa Nanodynamics


Dia: 07/06/2012 (Quinta feira - manhã)
8 às 12 h
Local: Auditório Central e Salas anexas.


Apresentações orais selecionadas.


14:00 às 15:40 h (Quinta feira - Tarde)
Local: Auditório Central


Título: Potenciais Metalofármacos e seus Prováveis Mecanismos de Atuação.
Dr. Ana Maria da Costa Ferreira
Doutora em Físico-Química, Universidade de São Paulo, USP.
Instituto de Química, IQ, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.


Título: Nanotecnologia Aplicada a Doenças Parasitárias.
Dr. Josué de Moraes
Doutor em Biotecnologia pela USP de São Paulo/SP
Secretaria de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo.


15:40 às 16:00 Coffee Break


16:00 às 18:00 h
Local: Auditório Central


Título: Nanotecnologia Aplicada a Modulação hormonal.
Dr. Marco Antonio Botelho Soares
Doutor em Ciências Médicas, Universidade Federal do Ceará, UFC, Brasil.
IFCE, Fortaleza, CE.


Título: Como Envelhecer bem com o Uso da Nanotectologia: Um enfoque Médico Preventivo.
Dra. Sonia Regina Umbelino Mendes.
Especialista em Medicina Estética e Medicina Anti-Aging (Anti-Envelhecimento).
Médica Oftalmologista do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Hospital Clóvis Sarinho e atua em Clínica particular (Clínica In Forma).


19:00 h – Cerimônia de encerramento


Premiações


Prêmio Categoria Pôster (Rede Nanobiomed)
Premiação aos três primeiros colocados


Prêmio Categoria Apresentação Oral
Premiação aos três primeiros colocados


Encerramento

domingo, 22 de abril de 2012

! Somos grandes demais ?


"Os princípios da física, pelo que vejo, não falam contra a possibilidade de manipular as coisas átomo por átomo. Não se trata de violar leis; é algo que, em princípio, pode ser feito; mas, na prática, não tem sido feito porque NÓS somos grandes demais". Richard Feynman

O que nos é visível a olho nu geralmente possui dimensões com milhões de nanometros. Nosso corpo possui dimensões com bilhões de nanometros. Feynman percebeu que nossa visão de mundo estava limitada pelas nossas próprias dimensões. A nanociência e a nanotecnologia vêm tratando de abrir nossa mente ao maravilhoso mundo do diminuto, que estava o tempo todo ali e aqui, fora ou dentro de nós.
Mas não apenas o pequeno foge às nossas vistas.
Nesta postagem deixo um vídeo; não é sobre nanotecnologia, não fala propriamente de escalas nanométricas. Desta vez você vai se sentir menor que uma nanoestrutura.
Cada satélite - natural ou artificial -, cada planeta, cada órbita, estrela, galáxia, está representado na escala relativa real, de acordo com as medidas realizadas pelas pesquisas científicas em astronomia, com dados atualizados em 2009.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia envolvidos com nanotecnologia discutem como difundir o conhecimento gerado nesta área


A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) realizou no último dia 10 uma reunião com os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), ligados ao desenvolvimento da nanotecnologia no Brasil, para ampliar a difusão do conhecimento coletivo entre os órgãos e dar início a um plano de divulgação das ações.


No total, 16 institutos, todos ligados à nanotecnologia, enviaram seus principais pesquisadores e equipes que apresentaram propostas de ações para o plano de divulgação. Na abertura das atividades, o secretário Adalberto Fazzio ressaltou o principal objetivo do evento. “A proposta é ter contato com o que os institutos estão desenvolvendo para, em seguida, começar a estabelecer um material de divulgação da nanociência e da nanotecnologia para o público em geral, jovens estudantes e empresariado brasileiro”.


Na oportunidade, Fazzio comentou a Portaria 245, publicada na última segunda (09), que instituiu o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano), no âmbito da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), associado ao Plano Brasil Maior. “O SisNano é uma portaria que tem uma governança sobre o sistema Nano, que define quais são os laboratórios estratégicos, aqueles que fazem parte das unidades de pesquisa do MCTI, e os laboratórios associados que queiram se engajar dentro do programa e da política da Encti, na área de nanotecnologia”. O secretário observou que esses laboratórios terão que definir um tempo a ser aberto para a comunidade utilizar e participar nas áreas definidas como prioritárias.


Ele salientou que os laboratórios vinculados ao SisNano terão prioridade. “Isso funcionará a parte das ações do MCTI. Mas certamente os laboratórios que estiverem vinculados e associados a estes programas terão prioridade com base em critérios, expertise, competência, mérito e região de atuação”. É importante destacar ainda que, em breve, será anunciado o Comitê Executivo de Nanotecnologia, com participação de nove ministérios.


Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicação

segunda-feira, 16 de abril de 2012

SisNano - Sistema de Laboratórios em Nanotecnologia

A importância de transferir a nanotecnologia do plano das pesquisas para o da comercialização já foi apresentado em vídeo neste nanorreico blog (clique aqui). O governo brasileiro sabe disso e vê a nanotecnologia como uma das áreas que merecem prioridade nas ações governamentais. Por isso, este governo acaba de dar um passo no sentido de fortalecer e coordenar os esforços empresariais brasileiros na área de nanotecnologia.
Uma portaria que cria o SisNano (245, de 5 de abril de 2012) foi publicada na semana passada no Diário Oficial da União.
O SisNano visa a desenvolver um programa de mobilização de empresas instaladas no Brasil e de apoio às suas atividades, para atuarem no desenvolvimento de processos, produtos e instrumentação, envolvendo ciência e tecnologia na nanoescala.

Segue abaixo o texto da portaria:


Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação


GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA N° 245, DE 5 DE ABRIL DE 2012

Institui o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias - SisNANO como um dos elementos do Programa Nacional de Nanotecnologia, no âmbito da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e associado ao Plano Brasil Maior.

O MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, resolve:

Art. 1° Fica instituído o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias - SisNANO, como um dos elementos do Programa de Nacional de Nanotecnologias, no âmbito da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - ENCTI e associado ao Plano Brasil Maior - PBM.

Art. 2° O SisNANO tem por objetivos:
I - estruturar a governabilidade para as nanotecnologias;
II - desenvolver um programa de mobilização de empresas instaladas no Brasil e de apoio às suas atividades, para atuarem no desenvolvimento de processos, produtos e instrumentação, envolvendo ciência e tecnologia na nanoescala;
III - promover no País o avanço científico e tecnológico e a inovação ligados às propriedades da matéria na nanoescala;
IV - otimizar a infraestrutura, o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada e as atividades ligadas à inovação na nanoescala, servindo como suporte ao avanço acelerado do País na área estratégica de nanotecnologias, dotando o País de infraestrutura no mínimo equivalente aos países mais adiantados na área e de formas de operação adequadas à participação de todos os atores relevantes nesse processo;
V - consolidar e ampliar a pesquisa em nanotecnologias, expandindo a capacitação científica e técnica necessária para explorar os benefícios resultantes dos desenvolvimentos associados e suas implicações tecnológicas em: nanofabricação, desenvolvimento e aplicação de nanopartículas, instrumentação em nanociência e nanotecnologia, processos em nanoeletrônica, nanotoxicologia, energias renováveis e limpas, nanobiotecnologia, nanocompósitos, nanofármacos, nanosensores, nanoatuadores e materiais nanoestruturados;
VI - universalizar o acesso da comunidade científica, tecnológica e de inovação do País à infraestrutura avançada para produção e caracterização de nanoestruturas e produtos finais, utilizando propriedades da nanoescala e materiais baseados nessas propriedades;
VII - capacitar o País a desenvolver programas de cooperação internacional em condições de igualdade com os parceiros atualmente mais desenvolvidos na área, sempre tendo em vista os grandes objetivos nacionais;
VIII - desenvolver programas de cooperação internacional junto aos países do Mercosul, objetivando à formação de recursos humanos, à promoção de reuniões conjuntas e à troca de experiências na área de nanotecnologias; e
IX - promover a formação, capacitação e fixação de recursos humanos, a educação em nanotecnologias e sua divulgação.

Art. 3° O SisNANO será formado por duas categorias de laboratórios:
I - os Laboratórios Estratégicos; e
II - os Laboratórios Associados.
§ 1º Os Laboratórios Estratégicos terão as seguintes atribuições e características específicas:
I - são laboratórios do MCTI que integram vários conjuntos de sistemas e equipamentos para atuação em nanociência e nanotecnologia e têm a característica de serem "Facilidades Abertas" instaladas em Unidades de Pesquisa do MCTI e nos quais a utilização dos equipamentos é disponibilizada a usuários externos, numa fatia nunca inferior a 50% (cinquenta por cento) do tempo de máquinas; e
II - são totalmente financiados pelo MCTI e terão forte missão educacional no âmbito da Nanociência e da Nanotecnologia, formando usuários, treinando pessoal qualificado e garantindo o acesso aos equipamentos e sistemas pelas comunidades científica, tecnológica e de inovação na nanoescala.
§ 2º Os Laboratórios Associados ao SisNANO são laboratórios que integram vários conjuntos de sistemas e equipamentos em Nanociência e Nanotecnologia ou laboratórios altamente especializados, localizados nas Universidades e Institutos de Pesquisa e/ou Desenvolvimento e nas quais uma fração mínima de 15% (quinze por cento) do tempo dos equipamentos durante o horário de atividades é disponibilizada a usuários externos à instituição.
§ 3º Todos os Laboratórios Estratégicos participarão em projetos de P, D & I.
§ 4º Os Laboratórios Estratégicos e os Associados terão como Coordenador Responsável o Dirigente Máximo da instituição ou um pesquisador por ele indicado.
§ 5º As Universidades e Institutos de Pesquisa e/ou Desenvolvimento que possuam sistemas e  equipamentos para atuação na área de Nanotecnologia ou laboratórios altamente especializados integrarão o Sistema SisNANO na condição de Laboratórios Associados, desde que sua proposta de adesão esteja estruturada na forma prevista nos § 2º e § 4º deste artigo, a fim de garantir o funcionamento e a governança do SisNANO.

Art. 4º Compete ao Comitê Consultivo de Nanotecnologia (CCNano), instituído pela Portaria MCTI nº 260, de 3 de maio de 2011:
I - supervisionar as atividades do SisNano;
II - analisar as propostas submetidas por instituições de pesquisa que queiram se integrar à rede SisNANO; e
III - recomendar ao MCTI novos Laboratórios Estratégicos e o credenciamento dos Laboratórios Associados com base na proposta de adesão.
Parágrafo único. A adesão dos Laboratórios Associados será formalizado por um Acordo de Cooperação Técnica Científica (ACTC) entre o MCTI e a instituição proponente.

Art. 6° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MARCO ANTONIO RAUPP

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Nanobolhas plasmônicas contra o câncer

Um dos desafios na quimioterapia contra o câncer é fazer com que os agentes quimioterápicos atinjam o interior da célula cancerígena. É geralmente lá que eles atuam. Algumas células cancerígenas conseguem ser resistentes a determinados agentes quimioterápicos pelo simples fato de que não permitem que estes se acumulem em seu interior. Trata-se de câncer e, assim, cientistas veem uma enorme urgência em driblar este problema. Sem nanoproselitismo, caro leitor, a nanociência ofereceu, mais uma vez, uma arma fantástica para nos fortalecer na guerra contra o câncer.
Experimentos realizados na Rice University, EUA, mostraram que é possível melhorar o acesso dos quimioterápicos ao interior de células cancerígenas pelo uso de laser e nanopartículas de ouro. O método testado fragiliza células cancerígenas por meio da formação de nanobolhas plasmônicas em suas membranas. 
Nanobolhas plasmônicas formadas na membrana plasmática facilitam a entrada de quimioterápicos em células cancerígenas. Esta figura ilustra esse efeito. O ovoide roxo representa a nanobolha plasmônica que interrompe a membrana plasmática (linha preta) de uma célula. As quatro esferas avermelhadas dentro da nanobolha são as nanopartículas de ouro. Os pontos azuis representam um agente quimioterápico qualquer. (Fonte: Lukianova-Hleb et al. 2012 Advanced Materials; DOI: 10.1002/adma.201103550)
O primeiro passo dessa técnica é dispor nanopartículas de ouro sobre a superfície de células cancerígenas. Essa tarefa é facilitada pelo fato de que estas nanopartículas possuem determinados anticorpos* em sua superfície que aumentam a seletividade às células cancerígenas. Além disso, em comparação a células sadias, células cancerígenas captam nanopartículas de ouro mais avidamente.
O segundo passo é expor a célula ao agente quimioterápico e irradiá-la com laser pulsátil. A pulsação do laser faz com que as nanopartículas presentes na célula sejam aquecidas. Esse aquecimento gera nanobolhas de ar e vapor, chamadas pelo cientistas de nanobolhas plasmônicas porque são geradas pelos plasmons de ouro (as nanopartículas de ouro) excitados pelo laser.
As nanobolhas plasmônicas fragilizam a célula cancerígena. Uma de suas principais barreiras, a membrana plasmática, é severamente fragilizada, permitindo assim a passagem de agentes quimioterápicos de fora para dentro. Na prática, foi possível aumentar em 30 vezes (!) a letalidade de certos quimioterápicos contra células cancerígenas mantidas in vitro. Achou pouco?
Entenda melhor assistindo ao vídeo abaixo.



*Anticorpos são proteínas utilizadas pelo nosso sistema imunitário para uma gama de funções. Como possuem a capacidade de ligar fortemente estruturas moleculares específicas, os anticorpos são empregados por cientistas para fins diversos, inclusive para aumentar a especificidade de nanoestruturas por determinados alvos terapêuticos.