sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Brasil importa experiência do MIT para estimular a inovação: uma alavanca ao parque industrial tupiniquim


Uma ação lançada neste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a criação de institutos de tecnologia e de inovação contará com a parceria do Massachusetts Institute of Technology (MIT). A instituição estadunidense auxiliará na integração destes institutos com todos os outrosstakeholders, como empresas de todos os portes e academia. A ideia é instituir zonas de inovação e de empreendedorismo pelo país.

“Trata-se de uma oportunidade para criar uma atmosfera para que as grandes empresas percebam que podem gerar uma joint-venture ou entrar com capital anjo, por exemplo, beneficiando pequenas empresas que querem investir em inovação”, explicou o gerente executivo de Inovação e Tecnologia da CNI, Jefferson Gomes, nesta quarta-feira (15), durante o Congresso ABIPTI 2012.

Serão instalados, ao todo, 60 institutos de tecnologia e 23 de inovação, num prazo de três anos. A iniciativa será comandada pelo braço mais capilar do Sistema S – o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que dispõe de centros de pesquisa já maduros, a exemplo do Cimatec que faz parte do projeto piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

A estrutura seguirá o modelo do grupo alemão Fraunhofer, também parceiro da iniciativa. Para a instalação dos empreendimentos, foi contraído junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um empréstimo no valor de R$ 1,5 bilhão. Em contrapartida, a CNI entrou com R$ 400 milhões. Também serão investidos outros US$ 1,5 bilhão – recursos provenientes de parcerias dentro da iniciativa privada.

De acordo com o executivo da CNI, a principal característica dos institutos de inovação será o desenvolvimento de pesquisa aplicada. Todos os projetos serão em segmentos pré-competitivos e contemplarão, necessariamente, o compartilhamento da propriedade intelectual.

Para mapear as demandas da indústria já foram realizadas 52 visitas a empresas nos últimos oito meses.

Todos os institutos estarão relacionados com as universidades próximas aos empreendimentos. Espera-se complementar as redes já existentes. “Não estamos nem um pouco interessados em montar academias. Estes institutos estarão muito bem preparados para atender uma demanda industrial por pesquisa aplicada. No entanto, não contemplarão sozinhos a inovação. Isso é de responsabilidade da empresa”, destacou.

De acordo com a CNI, já em 2012 serão lançados oito institutos de inovação e 24 de tecnologia. Os investimentos individuais serão de R$ 15 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente. Serão contempladas áreas diversas que vão desde o setor de alimentos e bebidas à mecânica, passando por biotecnologia e segurança cibernética.

“Essa estrutura toda tem que estar dentro de um plano de negócios, com perspectivas de investimentos futuros”, afirmou. Nesse sentido, a iniciativa contará com o apoio, ainda, do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do governo. “Nós contamos fortemente com a possibilidade de aplicação de capital a fundo perdido. Temos uma oportunidade ímpar de usar capital de risco e aliar os famosos venture capital angel capital dentro dessas searas”, concluiu.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

MCTI lança edital para financiar pesquisa, desenvolvimento e inovação em nanotecnologia


Chamada MCTI/CNPq N º 16/2012


Esta Chamada tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem dar continuidade ao processo de expansão e consolidação de competências nacionais em nanotecnologia, a partir de tecnologias inovadoras para produção, prototipagem e/ou aumento de escala em nanomateriais, nanocompósitos e/ou nanodispositivos. 




domingo, 5 de agosto de 2012

Controlar a automontagem nanométrica pode trazer uma revolução dentro da revolução nanotecnológica


Leia abaixo a matéria publicada no sítio Inovação Tecnológica sobre a automontagem de nanoestruturas. Para mais informações, acesse aqui a postagem publicada neste blog sobre este mesmo assunto.

Estruturas automontantes podem trazer um revolução dentro da revolução nano.
Imagem: Pablo Damasceno et al./Science]


"O cientista brasileiro Pablo Damasceno é o principal autor de um estudo publicado no exemplar desta semana da revista Science que promete mudar o jogo no campo da nanotecnologia e da nanofabricação.

Cada vez em maiores apuros para manter o ritmo da miniaturização, sobretudo no campo da eletrônica, a indústria deposita suas esperanças na chamada fabricação "de baixo para cima", que torna possível alcançar uma precisão que não pode ser obtida pelas técnicas tradicionais "de cima para baixo".

Embora o conceito teórico proponha o uso de átomos e moléculas como blocos básicos de construção, o uso de nanopartículas é muito mais viável e realista, principalmente se baseado em técnicas de automontagem.

"Um dos maiores desafios em nanoengenharia química e de materiais hoje em dia é o de como criar novas estruturas - normalmente envolvendo arranjos complicados de nanopartículas - de uma forma completamente espontânea, auto-organizada, simplesmente seguindo as leis da termodinâmica," explica Damasceno.

"De fato, se quisermos continuar a criar eletrônicos com mais e mais transistores por centímetro quadrado, logo atingiremos o limite no qual será impossível organizar as partículas no padrão adequado devido a seu tamanho nanoscópico e à quantidade imensa. Um método de auto-organização, portanto, é o desejado," completou ele.