domingo, 2 de fevereiro de 2014

Megaintervalo entre nanopostagens

Volta aqui este humilde blogueiro para lhes contar o que tem visto no mundo nano.




Algo que deve ter chamado a atenção de muita gente há um tempo era uma propaganda de xampu que explorava as vantagens da picotecnologia no trato ao cabelo. Hum.... Picotec? Pico mesmo? Espera ai. O nano é um bilionésimo de algo, certo? O pico é um trilionésimo, mil vezes menor que um nano. Hum...² É, tinha algo de errado ai. Não foi à toa que a propaganda teve pernas mais curtas que a mentira. E para entender o que havia de errado, veja a figura abaixo.
Nela são mostrados os valores de raio atômico de diferentes átomos em picometros. Hum...³ Vou tomar a liberdade de definir então a picotecnologia. Fazendo um paralelo com a nanotecnologia, a picotecnologia envolveria a manipulação da matéria em escala subatômica, já que os átomos possuem dimensões de dezenas a centenas de picometros. Isso já é feito, de fato, apesar de o termo picotecnologia não ser usado.
Mas, voltando ao xampu. Alguém teria modificado a configuração eletrônica de átomos? A estrutura do núcleo atômico foi modificada para fazer um xampu? Difícil de acreditar (um iraniano diria o mesmo, acredite). Se fosse o caso, qual o benefício cosmético de tal manipulação da matéria? Não, chega de perguntas técnicas. Já entendi. O marqueteiro viu cosméticos com nanotecologia, viu na Wikipedia que pico era menor que nano e pumba: fiat picotec. Picotecnologia para cosméticos é criação de bancada de marqueteiro, não de farmacêutico.