sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nanoestruturas automontantes

Caso fossem jogadas em um recipiente algumas tiras de tecido com velcro disposto sobre toda a sua superfície, elas aleatoriamente poderiam assumir diversas formas: tiras sobrepostas, dobraduras de uma tira só, esferoides de algumas ou várias tiras, uma só pelota de fitas, etc... Quem desejasse obter desta maneira aglomerados de tiras pequenos, cada um com um tamanho mais ou menos parecido, estaria diante de um problema. A aleatoriedade das interações das tiras de tecido com elas mesmas e com outras poderia ser resolvido caso estas tivessem a disposição do velcro e a sua forma pré-planejadas de maneira que no final o resultado fosse aglomerados de tamanho mais ou menos igual.

A parábola acima tem algo de nanotecnologia. A produção de nanoestruturas por aglomeração de moléculas menores é bastante utilizada em nanotecnologia. Mas fazer com que moléculas agrupem-se formando uma população de nanoestruturas com tamanho uniforme é uma tarefa difícil.  Especialmente quando as forças de atração intermoleculares atuam sobre/a partir de diferentes sítios de cada molécula. Porém, juntando matemáticos que modelem o tipo e a orientação das atrações moleculares, bem como químicos que passem essas ideias do computador para a bancada de experimentos, alguns resultados interessantes podem aparecer. Nanoestruturas automontantes com propriedades fabulosas já foram obtidas e continuam a ser buscadas. O vídeo abaixo apresenta um grupo da Johns Hopkins University, EUA, que vem desenvolvendo pesquisas nesta área.


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