Pesquisadores da Universidade de Copenhague desenvolveram uma nova plataforma que pode ser usada para o desenvolvimento de componentes eletrônicos moleculares.
Grafeno pode ser usado para isolar moléculas em um circuito eletrônico molecular. |
Este novo dispositivo pode evitar problemas que vinham limitando o avanço da nanoeletrônica e o consequente grande salto para frente da informática.
Já foram criados inúmeros componentes eletrônicos moleculares, perfeitamente funcionais. O problema estava na questão de como construir circuitos maiores a partir dos protótipos básicos. Quando os componentes eletrônicos moleculares eram conectados aos eletrodos, que lhes fornecem energia e leem seus cálculos, ocorria o curto-circuitamento do sistema.
Foi necessário esperar pela descoberta do alótropo de carbono conhecido como grafeno para que a base da plataforma nanotecnológica agora criada pelos cientistas dinamarqueses pudesse emergir, trazendo a solução para os problemas de antes.
"Nós agora podemos colocar uma das nossas lâminas de grafeno por cima das moléculas, protegendo o sistema dos curtos-circuitos. Foi assim que desenvolvemos uma nova plataforma tecnológica para uso no desenvolvimento de novos componentes eletrônicos baseados em moléculas," disse Kasper Norgaard.
O pesquisador explica que sua equipe agora está tentando utilizar moléculas com diferentes propriedades sobre a plataforma de grafeno - por exemplo, moléculas que podem alternar entre condutoras e não-condutoras.
Isso abrirá o caminho para a eletrônica do futuro em áreas como novas tecnologia de memória, telas ultra-finas e células solares mais eficientes.
Contanto que outro desafio igualmente íngreme quanto os curto-circuitos moleculares não surja pela frente dessa área tão promissora.
Referência: artigo sob DOI: 10.1002/adma.201104550
(Com informações do sítio Inovação Tecnológica)
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