segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nanoestruturas em produtos da antiguidade

Século IV d.C.: o cálice de Lycurgus (Roma). É verde opaco quando iluminado de fora e vermelho translúcido quando iluminado por dentro. Um exemplo de espelho dicróico. O efeito é produzido pelas nanopartículas de ouro e de prata que entram em sua constituição.
O cálice de Lycurgus no acervo do British Museum. Esta figura mostra a mesma peça iluminada por fora (esquerda) e por dentro (direita). Nanopartículas de ouro e de prata produzem este efeito de espelho dicróico.
Séculos VI ao XV d.C: Vitrais vibrantes nas catedrais européias. O efeito multicolorido era devido às nanopartículas de ouro e de óxidos metálicos. E tem mais: os vitrais funcionavam como purificadores de ar fotocatalíticos de alta eficiência, i.e., as suas nanopartículas de ouro absorvem luz e tornam-se assim capazes de degradar determinadas matérias orgânicas presentes no ar.
Vitral multicolorido da Catedral de Notredame. Purificador de ar ornamental? Nanopartículas metálicas são responsáveis pelos efeitos coloridos e também pela eliminação de certos compostos orgânicos presentes no ar.
 Séculos IX ao XVII d.C.: cerâmica extremamente brilhante usada no mundo islâmico e, mais tarde, na Europa. Continha nanopartículas de prata e de cobre.
Cerâmica iraquiana policromática no acervo do  British Museum. Seu brilho especial é decorrente da presença de nanopartículas metálicas.
 Séculos XIII ao XVIII d.C.: O sabre de Damasco. Continha nanotubos de carbono e nanofios de cementita. Este sabre era produzido sob uma formulação de aço com alta quantidade de carbono, sendo caracterizado por alta resistência e alta resiliência (alta elasticidade) e por manter seu fio por muito tempo sem qualquer manutenção.
Sabre de Damasco. Nanotubos de carbono revestindo nanofios de cementita são os responsáveis pelas características únicas do aço com o qual este sabre é produzido. Alguns textos indicam que este sabre pode ter sido produzido muito antes do que a data acima, do texto, indica: talvez em 400 anos a.C.. A nanotecnologia do século XXI tenta reproduzir este material, visto que detalhes da técnica original foram perdidos.
Fonte: www.nano.gov

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